"Que a seca do ano passado foi insuportável e levou muitos camponeses à beira da fome foi uma declaração para um jornal feita há alguns dias pelo governador de Houran.
Ele admitiu que 30.000-35.000 houranis se estabeleceram na Palestina
100 mil imigrantes árabes ilegais Um enorme fluxo vindo da Síria, Hauran, Iraque e Transjordânia
Nos anos 1920-1931, os muçulmanos e cristãos da Palestina tiveram um aumento de 100 mil além de seu crescimento natural. Esta é a conclusão do Sr. A. Reubeni em um artigo no "doar hayom" de segunda-feira.
Desde o início de 1928 até o fim de 1931, a população muçulmana teve um aumento de 100 mil e a cristã de 12 mil...
'Qual é a causa deste rápido avanço?' pergunta Reubeni. Com base no crescimento natural, era de se esperar que os muçulmanos, nos anos de 1929-1931, aumentariam em, no máximo, 39 mil, e os cristãos em 3 mil -- 42 mil no total. Como explicar a diferença entre esse número e os 112 mil (um aumento inesperado de 70 mil pessoas)? Na realidade, conclui o sr. Reubeni, o aumento até 1929 é ainda maior, uma vez que o censo de 1922 -- no qual a Shaw Comission baseou seu cálculo -- tinha exagerado o número de beduínos em, pelo menos, um terço. Os beduinos eram, no máximo, 65 mil e não 103 mil, como foi informado.De modo que a Shaw Commission errou por uns 40 mil em sua estimativa de 1928. Portanto, o excedente de muçulmanos e cristãos acima de seu crescimento natural nos anos 1929-1931 foi de mais de 100 mil.
Este número representa os imigrantes muçulmanos e cristãos vindos de países vizinhos, dos quais, pelo menos 95% são ilegais. Eles são sírios, libaneses, iraquianos, sírios, jordanianos, sauditas e egípcios. Ela [a imigração árabe] inchou desde então e agora penetra no país vinda do deserto faminto e de áreas atingidas pela pobreza na Síria e no Egito, até a Palestina, que vem prosperando por causa de esforços judaicos, argumenta Reubeni.
Sem risco de exagero, podemos considerar que nos últimos dois anos -- 1932-1933 -- mais 100 mil imigrantes árabes vieram para a Palestina, conclui o sr. Reubeni, e acrescenta que, enquanto o governo [britânico] toma medidas extremas para controlar e evitar imigrantes ilegais judeus, o país está aberto a uma desenfreada imigração árabe, que é livre e inquestionável. ”
A Palestina na década de 1930 era o destino lógico para a imigração árabe -- não só por causa de sua economia, que já era a inveja do Oriente Médio, mas também por motivos religiosos, já que líderes como o mufti de Jerusalém incentivavam a imigração árabe para impedir que "terras muçulmanas" ficassem sob controle de infiéis.
Os árabes não tinham quase nenhuma ligação com as áreas onde viviam -- com a exceção das aldeias de seus clãs. O nascente nacionalismo árabe, que a intelligentsia tentou exportar para a região (até hoje sem muito sucesso) baseando-se no Ocidente não tinha criado nenhuma raíz nas aldeias ou nos corações dos camponeses do Oriente Médio, que eram nômades movidos por interesses econômicos, sociais e religiosos, cruzando fronteiras "nacionais" sempre que necessário.
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