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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Nazismo árabe-muçulmano na Palestina II

Muslim Waffen SS soldiers reading a pamphlet by the Mufti of Jerusalem Haj-Amin el-Husseini.
Soldados nazistas membros do batalhão muçulmano lendo um panfleto ("Islamismo e Judaísmo") escrito pelo mufti de Jerusalém, Haj Amin el-Husseini.




 Após seu retorno a Alemanha, depois de uma breve escala no Cairo, Eichmann apresentou um relatório aos seus superiores recomendando que a permissão para emigração judaica da Europa para a Palestina ou para qualquer outro lugar não fosse considerada uma opção. Eichmann escreveu elogiosamente sobre "a consciência nacional e racial" que ele observou enquanto esteve entre os árabes. Ele relatou que "bandeiras nazistas voam na Palestina e que eles enfeitam suas casas com suásticas e retratos de Hitler."
 The Nazi Connection to Islamic Terrorism: Adolf Hitler and Haj Amin Al-Husseini,  Chuck Morse -- página 45




 ...o mufti ordenou uma contra-manifestação que foi realizada no próprio Muro das Lamentações. Em mesquitas por toda Jerusalém clérigos muçulmanos deram sermões inflamatórios, inspirando turbas árabes a marchar para o Muro e a levar a cabo a guerra santa do mufti contra os infiéis judeus da cidade. Na liderança desta violenta contra-manifestação, pregadores de al-Husseini disseram a seus seguidores que "aquele que mata um judeu tem assegurado um lugar no outro mundo [no paraíso]."
 Isso aconteceu em 16 de agosto de 1929. No dia 29 do mesmo mês, centenas de muçulmanos, incitados por al-Husseini, invadiram o bairro judaico de Jerusalém, matando 133 judeus e ferindo outros 339."
 Icon of Evil: Hitler's Mufti and the Rise of Radical Islam,  David G. Dalin, John F. Rothmann





 O Mufti agradeceu pela honra de ser recebido e assegurou a Hitler a admiração de todo o mundo árabe. Para as pessoas de lá, al-Husseini disse ter "total confiança no Führer, que está lutando contra os mesmos três inimigos que são os inimigos dos árabes, ou seja, os ingleses, os judeus e os bolcheviques. Os árabes estão prontos para se juntar nessa batalha no lado alemão, e não apenas de forma negativa -- por exemplo, através de atos de sabotagem ou criando agitação --, mas também de forma positiva, através da formação de uma legião árabe para lutar ao lado das tropas alemãs."
 Hitler garantiu ao Mufti seu acordo básico e imediatamente trouxe o tema que estava particularmente próximo de seu coração, assim como do de seu convidado. Ele enfatizou que a Alemanha apoiava "uma luta intransigente contra os judeus" que "inclui, é claro, a oposição a uma pátria judaica na Palestina, que nada mais é do que um centro nacional para a influência destrutiva dos interesses judaicos."
"Nazi Palestine: The Plans for the Extermination of the Jews in Palestine",  Klaus-Michael Mallmann,Martin Cüppers -- página 90 

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Nazismo árabe-muçulmano na Palestina

Courtesy

Bandeira nazista é fotografada tremulando sobre uma mesquita na cidade de Hebron. Mesmo em 2013 os muçulmanos ainda não sentem necessidade de esconder suas intenções genocidas




"A Alemanha é o único país do mundo que não hesita em lutar contra os judeus em seu próprio território; ao contrário, ela declarou guerra aos judeus do mundo de forma intransigente. Nesse conflito com os judeus, os árabes sentem a ligação mais próxima com a Alemanha." 
"Nazi Palestine: The Plans for the Extermination of the Jews in Palestine", Klaus-Michael Mallmann e Martin Cüppers, página 95




 Em 14 de novembro de 1914, o sheikh ul-Islam, seguindo ordens do sultão e de acordo com o desejo dos alemães, leu uma fatwa [decreto religioso] na grande mesquita de Mehmed o conquistador, anunciando "guerra santa" dos muçulmanos atrás das linhas inimigas [britânicos e sionistas]. Ele assegurou aos seus ouvintes o status de mártir se eles fossem mortos e até prometeu benefícios especiais no paraíso.
"Nazi Palestine: The Plans for the Extermination of the Jews in Palestine", Klaus-Michael Mallmann e Martin Cüppers, página 84 



sábado, 7 de dezembro de 2013

O massacre de Hebron (1929)


Árabes promovendo o pogrom de Hebron.

O massacre de Hebron (por vezes chamado de o pogrom de Hebron) ocorreu na cidade de Hebron, na Palestina, em 1929.
Após anos de propaganda anti-judaica produzida pelo líder muçulmano Hajj Amin al-Husseini, o massacre começou quando um estudante de uma instituição religiosa chamado Shmuel Rosenholtz foi atacado por uma multidão árabe e esfaqueado até a morte. Apenas um policial britânico guardava toda a cidade.
No momento em que os reforços britânicos chegaram para restaurar a ordem, 67 judeus já tinham sido massacrados e muitos outros estavam gravemente feridos. Bebês foram degolados, rabinos castrados e mulheres estupradas, torturadas e mutiladas; foram cortadas as mãos e os dedos, tanto dos vivos quanto dos mortos, para facilitar o roubo de jóias das vítimas.


Incitação árabe-muçulmana antes do massacre (apenas alguns dos exemplos contidos no livro 'What Happened in Palestine'):

Dr. Elkana (página 90)
 Por muitos dias antes do horror começar, o veneno do incitamento foi sentido em toda parte. Os árabes falavam abertamente, sem vergonha, e sem medo do massacre dos judeus que seria preparado em um futuro próximo. Eles não hesitavam em revelar todo o seu detalhado plano... Fatos e evidências estão nas mãos dos sobreviventes. O senhorio do hotel, Nachman Segal, disse para um hóspede na quinta-feira: "Pague-me o aluguel hoje, porque amanhã ninguém entre vocês estará a salvo."
 Incitamento de um sentimento contra os judeus continua, especialmente em volta de Jerusalém e Hebron. Boatos estão sendo espalhados por pessoas desconhecidas, [dizendo] que no sábado passado os judeus amaldiçoaram a religião muçulmana e que é dever dos muçulmanos se vingar.

 Massacre de Hebron sendo noticiado na primeira página do jornal The Baltimore News.
Manchete: "Massacre de mulheres e crianças contado por refugiados"



Mulher árabe de 92 sendo entrevistada por um canal palestino; ela louva o massacre e diz desejar outro

Com a ajuda de Alá nós vamos massacrar os judeus com nossas próprias mãos. Se Alá quiser, vocês vão massacrá-los como nós fizemos em Hebron.
Meu pai os massacrou e trouxe [roubou] algumas coisas...

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

'Minha Luta' de Hitler, um dos (poucos) best-sellers do mundo árabe



Filial da cadeia inglesa de varejo, a Virgin Megastore do Catar recomenda a leitura de  Mein Kampf (Minha Luta) de Adolph Hitler


O mundo árabe é o último bastião de um anti-semitismo desenfreado, desavergonhado, explícito e inacreditável. Mitos hitleristas são publicados na imprensa popular como verdades incontestáveis. O Holocausto é reduzido ao mínimo ou negado (...) É difícil de imaginar como o mundo árabe poderá um dia chegar a bons termos com Israel quando retrata os israelenses como o diabo
Os países árabes têm uma das mais baixas taxas de alfabetização do mundo -- 27,9%, ou 97 milhões de árabes, são analfabetos. 
Os árabes representam 5% da população mundial, e ainda assim produzem apenas 1% dos livros publicados no mundo, sendo a maioria deles livros religiosos. Como medida de comparação, a Espanha traduz mais livros para o espanhol a cada ano do que todo o mundo árabe tem traduzido para o árabe desde o século IX.  (Literacy and adult education in the Arab World) [2]

Ainda assim -- e apesar desses números impressionantes! --, é  no mundo árabe, e em geral no mundo muçulmano, que Mein Kampf tem tido mais edições desde 1930. Mesmo hoje, quando os Protocolos dos Sábios de Sião são o maior best-seller dos países árabes,  Mein Kampf ainda continua a ter tiragens significativas de Argel ao Cairo, de Tunis a Teerã, de Trípoli a Damasco, de Beirute a Islamabad, de Bagdá a Jacarta.

O seu sucesso foi tão grande na Palestina (antes da criação de Israel) que na sua edição de 13 de Março de 1939, o Times, de Londres, revelava que os maiores compradores fora da Alemanha eram os árabes vivendo naquele território.
Uma tradução para o árabe de Mein Kampf foi distribuída em Jerusalém Oriental e nos territórios controlados pela Autoridade Palestina (AP) e se tornou um best-seller. Em 2005, o site oficial do serviço de informação estatal palestino também publicou uma tradução árabe dos "Protocolos dos Sábios de Sião".

Mas é na Turquia que a bíblia do nazismo atingiu a maior popularidade. O livro, Kavgam em turco, está à venda em todas as cidades turcas, das livrarias mais respeitáveis as bancas de rua.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Egito, nazismo/fascismo e a Irmandade Muçulmana

Desde a deposição de Mohamed Morsi, 52 templos cristãos, da Igreja Copta, foram atacados no país, especialmente no interior — 17 desses ataques aconteceram nos últimos dois dias, depois do confronto entre o Exército e as forças da Irmandade Muçulmana, que resultaram em centenas de mortos. 
Organizações cristãs estimam em pelo menos 200 os cristãos assassinados por milícias islâmicas só depois da queda do líder da Irmandade Muçulmana.

File:Hassan al-Banna.jpg
Hassan al-Banna, o criador da Irmandade Muçulmana

No Ocidente, pouco se discute sobre as origens do islamismo radical e seu nível de inserção na cultura dos países muçulmanos. Não se trata de um fenômeno novo. O fundamentalismo político desenvolveu-se desde 1928, com a criação da A Irmandade Muçulmana (al-Ikhwan al-Muslimun) por Hassan al-Bana e meia dúzia de estudantes, no Cairo. Seu arcabouço doutrinário pode ser resumido em alguns pontos: rejeição ao colonialismo e aos valores ocidentais, retorno à pureza do Islã, sacrifício extremo pela causa, assistencialismo islâmico, tomada do poder político por meios revolucionários, refundação do califado unificado no mundo muçulmano, sob a autoridade exclusiva do Corão e abolição de todas as instituições implantadas no mundo islâmico pelo Ocidente, com a conseqüente extinção dos estados árabes tais como existem, além da eliminação de Israel.
A Irmandade Muçulmana (Al Ikhwan Al Muslimun), organização-mãe de numerosos grupos terroristas islâmicos, foi formada em reação à extinção do califado turco em 1924, decretada pelo reformador Kemal Ataturk, como conseqüência do fim do Império Otomano após I Guerra Mundial.  Hassan Al Banna, seu fundador, era um professor egípcio que, na época, denunciava  " a doença que reduziu aummah (comunidade muçulmana) ao seu estado atual" , o que o motivou, juntamente com outros cinco jovens – todos na faixa dos vinte anos – a criar a Irmandade.
Limitada inicialmente à reforma moral e espiritual, a Irmandade cresceu de modo impressionante e tornou-se a mais importante organização político-integrista do mundo. Entre os anos 30 e 40, contava com cerca de 500 mil membros no Egito, além de afiliados em todo Oriente Médio. Esse crescimento ocorreu devido às circunstâncias políticas do pós-guerra e aos seus métodos de organização. Quando a II guerra terminou,  a Irmandade era uma força política expressiva no Egito e jogou papel fundamental na luta contra a antiga ordem colonial dos britânicos e franceses. Seu objetivo era libertar a pátria islâmica do controle dos estrangeiros e infiéis (kafir) e estabelecer um estado islâmico unificado.
Al-Banna construíra uma organização forte e disposta a realizar essa meta, com proto-estruturas de governo, unidades com funções específicas (propaganda, relações com a imprensa, tradutores das várias línguas do Oriente Médio) seções que controlavam distintos segmentos da sociedade (camponeses, trabalhadores e profissionais liberais),  vínculos com o mundo islâmico, comitês especializados em finanças e assuntos legais e redes assistencialistas, estruturadas em torno de mesquitas e associações islâmicas de caridade.
Essa estrutura não era, entretanto, suficiente para levá-la ao poder político no Egito. Inspirado nos "camisas negras" de Mussolini organizou um braço paramilitar (cujo slogan era  "ação, obediência, silêncio, fé e luta"). Na realidade, contuituía um aparato secreto (al-jihaz al-sirri) e uma agência de inteligência para coordenar ataques terroristas e assassinatos.
Em 1948, depois de desempenhar papel central na mobilização de voluntários para lutarem na guerra contra os sionistas na Palestina e, assim, impedir a criação de um estado judeu, a Irmandade pensou estar preparada para lançar um golpe de estado contra a monarquia egípcia. Em 18 de dezembro de 1948, o Primeiro Ministro do rei Farouk, Nuqrashi Pasha. estancou a tentativa. Menos de três semanas depois, a Irmandade retaliou e assassinou Pasha. O governo, por sua vez, desencadeou uma perseguição à Irmandade, assassinando Al Banna e muitos de seus agentes em 12 de fevereiro de 1949.
Abalada pelo golpe, a Irmandade mesmo assim estava longe de ser destruída. Sob a liderança do ainda mais radical, Sayyid Qutb, ela continuou a lutar pela tomada do poder e reorganizou-se no inicio dos anos 50 , apoiando os Oficiais Livres liderados por 
Gamal Abdel Nasser, Mohamed Naguid e Anuar El Sadat, no golpe que destituiu a monarquia corrupta do Rei Farouk em 1952.
Não se pode compreender a doutrina islâmico fundamentalista sem que se mencione Sayyid Al- Qutb Ibrahim, o mais importante ideólogo da Irmandade e do pan-islamismo, figura lendária no Oriente Médio, morto por Nasser em 1966. Seu pensamento político literalista e revivalista fundamenta-se na idéia de que os homens devem ser governados pelas leis  extraídas do Corão (a Sharia), que provêm de Deus e não por suas próprias leis. Sua obra foi traduzida para o farsi (persa) pelo próprio Aiatolá Khomeini e suas idéias, desde a revolução islâmica de 1979,  têm sido colocadas em prática no Irã. A autoridade política, segundo essa concepção integrista, deve ser exercida por conselhos de doutores na Sharia.
Em seu mais influente livro, Os Marcos (Maalim fil Tarik), escrito em 1964, na prisão, Qutb explicita o seu conceito político anti-ocidental mais conhecido: a jahilya, ou ignorância pagã e rebelião contra Deus. Segundo ele, a "religião é realmente a declaração universal da liberdade do homem  sobre a servidão imposta por outros homens e da servidão aos seus próprios desejos, que é uma outra forma de servidão humana; é uma declaração sendo a qual a soberania pertence a Deus apenas e que somente Ele é o senhor de todos os mundos" Ainda conforme Qutb: "todo sistema no qual as decisões finais estão referidas as seres humanos e nos quais as fontes da autoridade são humanas, deificam os seres humanos por designarem outros que não Deus como soberanos sobre os homens. Essa declaração quer dizer que a autoridade usurpada de Deus deve ser reconduzida a Ele e que os usurpadores devem ser expulsos - aqueles que por si próprios tramam leis para outros seguirem, assim elevando-se ao status de senhores e reduzindo os outros ao status de escravos. Em suma, proclamar a autoridade e a soberania de Deus significa eliminar todo o domínio humano e anunciar a lei Daquele Que Sustenta o universo sobre o mundo inteiro. Nos termos do Corão. (Qutb, 1964: cap 4)
Muitos  simpatizantes da chamada, nos anos 60 e 70, posição não-alinhada, desconhecem que a Irmandade foi aliada de Nasser e depois destruída por ele, com o apoio da CIA e de agentes recrutados do aparelho de inteligência política nazista. Nasser é geralmente visto como uma figura histórica que resistiu aos interesses imperialistas franceses, ingleses e americanos. Recentemente, no entanto, foram divulgados fatos conhecidos apenas em ambientes acadêmicos restritos, com pouca  repercussão na imprensa. Tais fatos revelam que a CIA cumpriu papel importante no apoio ao movimento dos Oficiais Livres que derrubou Farouk.
Documentos "desclassificados" em 2001 pelo governo dos EUA, agora acessíveis no Archives Library Information Center/ National Archives and Records Administration.(NARA) revelam que tanto Nasser como a Irmandade tiveram na CIA uma forte aliada. A CIA recrutou vários membros do primeiro escalão da SS, trazidos para ara o Egito por Farouk após  II Guerra, com a ajuda do xerife de Jerusalém e líder da Revolta Árabe na Palestina (1936-39), Haj Amin El Husseini, que desde 1936 trabalhava com o apoio dos nazistas. Por meio de Reinhard Gehlen, ex-chefe da Inteligência Militar Alemã no Frente Oriental durante a 2ª Guerra (e, desde 1952, diretor da Agência Federal de Inteligência da Alemanha Ocidental- AFI) e sua rede de espiões que atuava na Europa, durante o auge da Guerra Fria -  formada por ex-agentes da Gestapo, ela apoiou Nasser no golpe contra a monarquia de Farouk.
O movimento liderado por Nasser derrubou Farouk, que abandonou o Egito e foi substituído por seu filho Ahmad Fouad, cuja posição de monarca tornou-se meramente decorativa, porque o país passou a ser controlado pelos militares nacionalistas. Em 1953, Fouad foi finalmente deposto, a monarquia extinta e criada a atual república, com Mohamed Naguid colocado na presidência.
Os alemães instalados no Egito por Farouk, colaboraram com os jovens militares liderados por Nasser e com a Irmandade Muçulmanapara derrubar a monarquia e continuaram a exercer forte influência no novo regime, sob monitoramento da CIA, que desde 1953 se aproximara de Nasser, devido ao interesse dos EUA em manter o Egito regime sob sua influência e afastar ingleses e franceses da região.
Naguid foi deposto por Nasser em 1954 e a CIA ajudou a organizar o serviço de inteligência e segurança externa de seu governo, numa operação conduzida por Allen Dulles, seu diretor desde 1953. Dulles recorreu ao General Gehlen para coordenar as ações no Egito. Gehlen designou Otto Skorzeny para a tarefa. Ex-coronel da SS, Skorzeny era um dos homens-chave da Rede Odessa - que obteve refúgio para membros do 1º escalão nazista da Argentina e no Egito, principalmente.
Skorzeny tivera uma passagem pela Espanha de Franco, depois de fugir de um campo de prisioneiros americano na Alemanha, em 1948, onde aguardava por novo julgamento militar, pois havia sido absolvido de algumas acusações de crimes de guerra, em 1947. Quando chamado por Gehlen, em 1953, Skorzeny estava na Argentina, onde fazia parte do círculo de assessores de Perón. Enviado ao Cairo, passou a assessorar Nasser pessoalmente, juntamente com Miles Copeland, que reportava diretamente a Dules. Ambos ajudaram a dizimar a Irmandade Muçulmana, então liderada por Sayd Qutb,  que havia apoiado o golpe de Nasser contra Farouk, mas logo passou a opor-se ao novo regime laico.
A aliança dos EUA com Nasser perdurou até 1956, mas desde 54, ao assumir o poder, o líder nacionalista passou a adotar posições independentes, que o confrontaram com ingleses e franceses, ao mesmo tempo que o distanciavam dos EUA e o  aproximavam estrategicamente da União Soviética, em busca de apoio militar e financeiro. Em 1956, a tentativa de nacionalizar o Canal de Suez deflagrou uma guerra com os israelenses, apoiados por ingleses e franceses, que enfrentaram a oposição dos americanos, até então mais interessados em manter relações próximas com o Egito e exercerem alguma forma de controle sobre o canal.
A decisão de Nasser distanciou-o dos EUA depois da Guerra de Suez, devido à aliança de Washington com Israel e o Egito tornou-se definitivamente aliado dos soviéticos. Nasser  manteve, no entanto, seus colaboradores e assessores alemães. O Egito passou a ser o principal reduto de oficiais da SS graduados, que foram integrados aos seus serviços de informação, à sua polícia política e ao seu sistema de propaganda.
Além de Skorzeni, entre os mais conhecidos, fixaram-se no Egito os generais da SS Oskar Dillewanger, chefe da Brigada Penal das SS, Heinrich Siliman, chefe da Gestapo no Ulm, Joachim Daumling, que chefiou a Gestapo en Dusseldorf e depois na Croácia, Alois Moser, que atuou na Ucrânia, o general de exército  Wilhelm Fahrmbacher, incorporado ao estado-maior egípcio, Johannes Von Leers, do Ministério da Propaganda de Goebels e que, depois de fugir para a Argentina, após a deposição de Perón, em 1954, transferiu-se para o Cairo, onde converteu-se ao islamismo e chefiou a Agência de Propaganda de Nasser. Skorzeny morreu milionário em Madrid, em 1975.
Qutb e a Irmandade Muçulmana, afastados por Nasser de qualquer influência no novo regime que ajudaram a implantar, aderiram à luta armada para derrubá-lo. Em fevereiro de 1954, a Irmandade foi tornada ilegal e em outubro do mesmo ano seus membros tentaram assassinar Nasser.
4 mil militantes da Irmandade foram presos e executados. Milhares fugiram para a Síria, Arábia Saudita, Jordânia e Líbano. Qutb, seu principal líder, foi sentenciado a dez anos de prisão. Ao ser libertado, planejou novo  atentado contra Nasser em 1965. Em 1966, depois de julgado, foi condenado e enforcado.
Integrista radical e antidemocrático, Qutb escreveu, entre outros, o ensaio Ma'arakutuna Ma'a al–Yahud (Nossa Luta com os Judeus - 1950), de grande penetração no mundo islâmico de hoje, no qual sustenta que a luta entre o Islã e os judeus é decisiva e definitiva e que os judeus não ficarão satisfeitos até que o Islã seja destruído..
Irmandade, no Egito, é dirigida atualmente por Muhammad al-Mahmud al-Hudeibi, de forma politicamente moderada. Atua fortemente também na Jordânia, Síria, Paquistão, Sudão, Arábia Saudita, Argélia, Marrocos, Tunísia, em países europeus e nos territórios ocupados palestinos. A Irmandade não apoiou oficialmente a 1ª Intifada, por exemplo, mas é a célula mater do Hamas e da Jihad Islâmica, cujos membros assassinaram, em 1981, o presidente  Anuar El Sadat e tentaram derrubar o regime, numa nova revolta armada sufocada pelo exército egípcio, sob a liderança de Osni Mubarak. Sua doutrina, no entanto, não se alterou e se expande pelas comunidades muçulmanas pelo mundo.
A Irmandade é a matriz dos grupos islâmicos radicais fundamentalistas palestinos. A Jihad continua atuando na clandestinidade no Egito e abertamente nos territórios palestinos sob ocupação israelense. O Hamas e a hoje pulverizada e globalizada Al  Qaida ( A Base)são movimentos que seguem à risca as diretrizes de Qutb. Osama Bin Laden foi discípulo do palestino Abdullah Zallam, ideólogo da Irmandade e professor  na Universidade Abd Al Aziz, em Jedah, Arábia Saudita. Em Jedah, Bin Laden associou-se ao médico egípcio Aymann Al Zawahiri, membro da Irmandade desde os 13 anos  e o segundo em comando da Al-Qaida. Na visão de grande parte dos muçulmanos, os dois representam a autêntica resistência islâmica aos valores do Ocidente, tal como defendida por Al Bana e Qutb, os primeiros a denunciarem  Israel como representante do imperialismo ocidental na região e a se insurgirem contra regimes alinhados às potências estrangeiras. 

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Haj Mohammed Effendi Amin el-Husseini


Esta foto, infelizmente ainda pouquíssimo conhecida no Brasil, pode não ser uma obra-prima artística, mas é decerto uma das mais importantes e reveladoras do século XX. Quem quer que, sem ser capaz de reconhecer os fotografados nem de explicar por que ambos estão posando tão amistosamente juntos para o fotógrafo, meta-se a opinar ou, pior, pontificar sobre certos conflitos contemporâneos não sabe do que está falando.

Na foto acima está Haj Amin al-Husseini, o Mufti de Jerusalém e tio de Yasser Arafat, quando este foi recebido por Hitler em 28 de novembro de 1941. O líder árabe propôs uma declaração a ser assinada pelos líderes do Eixo a qual afirmava que: "A Alemanha e a Itália reconhecem o direito dos países árabes de resolver a questão do elemento judeu, que existe na Palestina e em outros países árabes, como é exigido pelos interesses nacionais e étnicos dos árabes, tal como a questão dos judeus foi resolvida na Alemanha e na Itália".


O mufti colaborou ativamente no extermínio dos judeus no Holocausto.

Segundo depoimento no julgamento de Nuremberg dado pelo lugar-tenente de Adolf Eichmann, Dieter Wisliceny, "o Mufti foi um dos iniciadores do extermínio sistemático dos Judeus da Europa e foi um colaborador e conselheiro de Eichmann e Himmler na execução desse plano. Ele era um dos melhores amigos de Eichmann e constantemente o incitava a acelerar as medidas de extermínio. Ouvi ele mesmo contar que, acompanhado por Eichmann, visitou incógnito as câmaras de gás de Auschwitz ".

Husseini interveio pessoalmente para conseguir que Himmler cancelasse a troca de 5 mil crianças judias polonesas por prisioneiros de guerra alemães, que estava sendo negociada com a Cruz Vermelha. As crianças estavam internadas no gueto de Theresienstadt e foram removidas para campos de extermínio e assassinadas.

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